Este é o primeiro artigo da nossa nova coluna. Nela convidamos empreendedoras para escrever pra gente contando sobre como é empreender usando a internet e como elas conseguem conciliar vida, trabalho, família e tudo mais. Aprender com outras  mulheres é muito importante para nós.

Nossa primeira convidada é a Izabel Failde, uma querida que participa do grupo desde há muito tempo. Recentemente ela lançou uma comunidade para mulheres, o Portal Liderança de Salto Alto e está aqui para dividir conosco como foi essa empreitada e como é sua vida de empreendedora. Temos certeza que você se encantará com sua história.

Com vocês, Izabel Failde!

Olá!Izabel Failde
Eu sou Izabel Failde, psicóloga, empreendedora e empresária, honradíssima por ser a primeira a escrever para a coluna “Mulheres iJumpers” da “It’s Business!
Foi por conta desse grupo de mulheres (já conto um pouco mais sobre ele) que conheci a Erica Ariano e por isso estou aqui. À Erica minha gratidão pelo espaço, dedicação e compromisso comigo e com todas as mulheres que fazem parte desse pequeno (grande) mundo.

Senta que lá vem história…

Quero contar um tantinho da minha história.

E esse é meu primeiro recadinho pra você: Sua história tem valor. Acredite!

Meu início foi difícil como o da maioria das pessoas. Minha trajetória profissional começou na faculdade (escolhi Psicologia), interessei-me pela área clínica, porém sempre quis trabalhar com grupos e não individualmente.
Fiz vários estágios e não remunerados. Naquela época a maioria não era pago! Lembro-me de um em especial, em uma grande indústria de moda (outra de minhas paixões!) que trocava serviços por produtos. Meu primeiro “pagamento” foi um guarda-chuva branco de bolas azuis, lindo e de excelente qualidade, que doei recentemente!
E não foi só por causa do guarda-chuva que essa empresa me marcou. Foi nela que eu senti, pela primeira vez, que trabalhar em empresas poderia ser parte da minha missão profissional, que eu seria capaz de me sentir realizada. Essa foi minha primeira incursão no mundo corporativo dentro da Psicologia e eu atuava na área de Recrutamento e Seleção.

Passei por algumas empresas, grandes e pequenas, nacionais e multinacionais. Fui Selecionadora, Analista de Treinamento e Desenvolvimento, Coordenadora, Gerente. Estudei muito, cresci, amadureci. Em quase todas as experiências profissionais eu era a única mulher do grupo de gestores. Felizmente, para a maior parte deles, Recursos Humanos era vista como área estratégica e eu fui me aprofundando no “mundo dos negócios”.

Mais um recadinho: E daí que só existe você de mulher em uma equipe? Faça-se única!

Paralelamente ou entre um estágio e outro tive diferentes experiências profissionais: desenhei coleções de roupas juvenis (sou estilista não praticante  ), vendi roupas, criei e vendi bijuterias, tive uma pequena papelaria.
Não sei dizer quando apareceu a vontade de ser consultora, de iniciar minha carreira solo. Planejei atuar paralelamente ao mundo corporativo com essa “carreira B”. Comecei a estudar a área com leituras estrangeiras (só havia um livro nacional falando sobre o tema) e a me preparar para essa possível futura carreira, também com reserva financeira.
Eu não sabia ao certo quando me desligaria totalmente da “carteira assinada”… até que, após 45 dias como gestora em uma multinacional, percebi que os valores daquela empresa estavam em confronto com os meus. Diferenças irreconciliáveis. Então me desliguei e a carreira solo começou oficialmente.

Recadinho 3: Está com medo? Vai com medo mesmo!

Eu sempre tive uma facilidade: quase todos os meus familiares, homens e mulheres, trabalhavam para si próprios. Sim, uma grande parte não aceitava ser subordinada, encarar alguém “mandando” na sua vida; outra parte encontrou no empreendedorismo (para aquela época essa palavra merecia um sonoro “hã???”) sua forma de vida, pois eram imigrantes batalhando para construir sua vida nesse país.
Portanto, em minha formação pessoal alguns ensinamentos “brotaram”:
• Estude para ser dona do seu nariz.
• E continue estudando sempre porque saber nunca é demais. Você vai conseguir fazer o que é “fácil” e o que é “difícil”. Nada será empecilho.
• Tenha sempre uma reserva financeira, porque você nunca sabe o que pode acontecer amanhã.
• Aja sempre de acordo com seus valores e criação. Eles são as bases das suas escolhas.
• Você quer? Então você pode.

Recadinho 4: Olhe para sua vida e encontre exemplos para se espelhar e se fortalecer.

Mulheres Empreendedoras:

mulheres ijumpers
As mulheres mais especiais da minha vida sempre foram exemplos fortes, de muito impacto. Trabalhando fora ou dentro de casa, minhas avós e mãe eram, nas palavras de hoje, autodidatas, líderes de si mesmas e de seu “time”, exemplos a serem copiados e seguidos (como os melhores líderes do mundo), empresárias e empreendedoras no trabalho, no lar e na vida.
Como consultora continuei atuando em Seleção, Treinamento e Desenvolvimento. Seguramente fui a primeira no Brasil a realizar “coaching à distância”: criei meu próprio método e o primeiro grupo inteiramente online aconteceu em 2003!
Tive algum reconhecimento por esse protagonismo? Quase nenhum. Confesso que meu conhecimento sobre divulgação e marketing pessoal era horrível… e também não existiam Facebook ou Instagran para facilitar, né? 
Aliás, a internet no Brasil começou com a rede BBS, abrangia somente o país e, claro, eu me interessei logo de cara. Nem preciso dizer que fui chamada de maluca:
– Você está conversando e trabalhando com sei lá quem, sei lá onde e aparecendo na tela de um computador? Pra quê isso?
Eu mesma fiz o primeiro site da minha empresa (que era eu!) com o Publisher (ainda existe?), programa super legal da Microsoft. Seguindo a orientação do Sebrae (sim, fui procurar ajuda especializada – ótima e gratuita! – para começar a carreira solo) decidi usar meu nome desde o início, porque “um consultor é conhecido pelo seu próprio nome, que é seu maior e melhor patrimônio e divulgação”. Foi o que ouvi e assim fiz.

Recadinho 5: Que o receio ou as novidades jamais impeçam seu crescimento!

Demorei sete anos para me sentir financeiramente segura. Fui autônoma durante muito tempo até que abrir uma empresa tornou-se a única forma de ser contratada por alguns clientes (que exigiam parceiros pessoa jurídica). Ah! Ainda não contei que a tal carreira solo começou em 1993.
Pausa pra um pedido: esqueça a matemática nessa leitura… já revelei muitos números, anos… idade e peso para uma mulher são revelações muito íntimas! 
Em 2008 um “tsunami” passou pela família: minha mãe foi morar no astral. Queria dar mais atenção ao meu pai e foi o momento ideal para parar de viajar Brasil afora. A quantidade de viagens a trabalho já estava me cansando e eu ainda não havia tomado uma atitude firme quanto a isso.

Recadinho 6: Tsunamis sempre vão existir na sua vida. Escolha aprender com eles.

Muitas coisas rolaram a partir dessa fase incluindo a opção, no final de 2013, de encontrar meu lugar no mundo online.

MyJumper e o Mercado Digital:

mercado digital

Conrado Adolpho (se você ainda não ouviu falar dele corra no Google!) foi a pessoa que escolhi para iniciar meus estudos de marketing digital. Ele me convenceu com uma frase:
Você pode vender seus conhecimentos, alcançar pessoas nos mais diversos cantos do mundo, de dentro da sua própria casa.
Eu que já tinha uma especialização em Ensino Virtual, que queria alcançar o conforto de trabalhar em casa e ser bem remunerada por isso, era tudo o que eu queria ouvir.
Passei a ser aluna do Conrado no curso “iJumper”, metodologia de trabalho com ênfase no mercado digital. E junto com o curso nasceu o grupo de Mulheres iJumper, batizado carinhosamente (após votação!) de MyJumper. Pronto, finalmente a explicação que fiquei devendo no começo do texto.
Estou no mundo on line? Sim.
Tenho os resultados que preciso ou espero? Não.
Estou no caminho adequado? Definitivamente, SIM.

Dentre todos os meus papéis profissionais (psicóloga, consultora, coach de carreira e liderança, especialista comportamental, escritora, palestrante, diretora da Failde Assessoria & Educação Profissional) me sinto apta para acrescentar mais um: infoprodutora. Criei vários projetos, alguns permanentes e outros sazonais:
Como ter sucesso nos processos seletivos
Gerencie sua própria recolocação profissional
Blog Papo de RH (começou como “Papo de Recursos Humanos” e hoje é “Papo de Relações Humanas)
Blog Liderança de Salto Alto
Portal Liderança de Salto Alto: Autoliderança na Prática (meu último e mais desejado projeto até agora).liderança de salto alto
Também sou uma das fundadoras da Confraria de Saia: Autodesenvolvimento na Essência
Optei por trabalhar com mulheres. Escolhi esse segmento porque, à vivência no mundo presencial somei as experiências, observações e constatações recentes do mundo virtual que me mostraram: o conhecimento e os produtos que ofereço geram maior interesse, engajamento, comprometimento e portanto, resultados, nas mulheres.

Recadinho 7: Observe seu público e não tenha receio de escolher apenas uma pequena parte para trabalhar. Esse segmento é chamado “nicho” e, estrategicamente, gera melhores resultados.

O fim… do começo:

mulheres ijumpers
Acredito que você está por aqui, nesse blog e nessa coluna, por algum motivo. Qualquer que seja ele, leve ao menos os sete recadinhos que deixei anteriormente para você.
Você já sabe que não há caminhos fáceis. Talvez algum apareça na sua frente, então agarre! Ao mesmo tempo lembre-se de que, sem ótimas e profundas fundações, a vida útil dele será bem pequena.
Você também já sabe que estudo, esforço, empenho e comprometimento estão inseridos nas suas escolhas. Nenhuma novidade. O que talvez você tenha que lembrar é da sua capacidade de resiliência. Tenho uma analogia para deixar mais claro:
Você cai em um poço. Chegando ao fundo vê que não existe água, somente lama e paredes altas. Permita-se alguns momentos de desespero: chore, esperneie, converse com a lama. É o suficiente. Aceite como um momento libertador e, aos poucos, levante-se. Se quiser passe um pouco de lama no rosto, afinal de contas algumas esteticistas dizem que faz muito bem para a pele. Devagar encontre pequenas frestas entre os tijolos e encaixe seus pés. Suba, vá subindo, subindo, subindo… a claridade do alto se transforma em luz e, quando você percebe, saiu do poço.
Essa é a definição de resiliência para mim: a capacidade que eu, você, que nós temos de cair, levantar, aprender e prosseguir.
Se quiser minha companhia nessa jornada, será um prazer.
Amei estar com você e gratidão por me “ouvir”.

Vamos juntas… e de Salto Alto!
Bjs pra você e até breve!
Izabel  🙂 

Encontre-me:
Portal Liderança de Salto Alto – Conteúdo para mulheres que querem pensar diferente, que querem analisar seus problemas sob outra óptica e transformar sua vida profissional e pessoal.

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See you soon...